quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Flores no Frio

Flores no Frio

Enquanto muitos de nós nos escondemos entre blusas e cachecóis durante o inverno, ela dispensa qualquer acessório e se mostra bem à vontade com a baixa temperatura. Se expõe ao máximo com suas cores e tamanhos variados. Nossa "estrela" de hoje: a Azaléia.


Originária da China, pertence a um grande grupo de arbustos lenhosos, trazidos para o Brasil por imigrantes europeus *. Porém, a grande maioria é natural do norte da Califórnia, e é lá que proporcionam um exuberante espetáculo que dura da primavera até o verão. A Europa, mesmo contando com um pequeno número de plantas nativas, é um dos lugares em que elas podem ser admiradas, em grandes variedades de cores, tamanhos e aspectos decorativos.**

Uns a chamam de azaléia, outros de rododendro. Afinal, há diferença? Sim. Embora as flores sejam as mesmas, na classificação botânica cada espécie tem suas particularidades, mesmo sendo estas sutis como as das azaléias.

Uma das diferenças principais entre as azáleas e as demais espécies de rododendros é seu tamanho e crescimento da flor. Os rododendros desenvolvem inflorescências, enquanto a maioria das azáleas tem floradas terminais - uma para cada talo. Apesar disso, brotam tantos talos que durante as estações em que florescem formam uma sólida massa colorida que variam entre magenta, vermelho, laranja, cor de rosa, amarelo, lilás e branco.***


Independente do lugar em que moram, os rododendros têm a longevidade como uma das características mais marcantes. Exemplares com mais de 50 anos de idade presentam o mesmo vigor de plantas novas, sendo o crescimento - rápido ou lento - de acordo com a espécie e condições de cultivo. Muito diferentes entre si, eles podem ser arbustos sempre verdes, com grandes flores e folhas, assim como híbridos (do cruzamento de espécies diferentes), com florações de pequenos botões, sem falar nas plantas anãs já bastante cultivadas. Algumas são caducas e perdem as folhas no outono e inverno. Outras estão sendo cultivadas com sucesso em vasos e não chegam a desprender as folhas.**

Desenvolve-se com maior vigor em regiões de clima ameno, sendo que aqui no Brasil (que também apresenta regiões de clima tropical e quente), algumas espécies burlaram estas regras e passaram a dominar algumas cidades/ Estados.


Inclusive, São Paulo, com seu clima ameno, adotou a espécie como símbolo do município. Seja no Parque do Ibirapuera, no Museu do Ipiranga ou mesmo nos canteiros de importantes vias, como a Avenida Paulista e a Avenida Brigadeiro Faria Lima, a azaléia empresta sua cor e delicadeza à paisagem urbana.*

Mas certos cuidados devem ser tomados. Vejamos alguns abordados por Dora De Wit, produtora desta espécie, em Holambra, SP *:

- Canteiros: em pleno sol;

- Vasos: não suporta sol direto entre 10 horas e 15 horas. Rega, quase todos os dias, sempre aos "poucos". Não deixar acumular água no pratinho!

- Transplante: o torrão precisa ficar no mesmo nível do solo (não afundar o caule);

- Adubação: mensal, como NPK 18-18-18;

- Observação constante para evitar o ataque de pragas e doenças.

Fonte:* Guia do Jardim, ** Revista Natureza,*** Blog Cuba de Sobrepor

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